Inaugurado em maio de 2022, o Centro Especializado no Atendimento à Mulher (CEAM) de Casimiro de Abreu divulgou, nessa terça-feira, 23, um balanço dos atendimentos realizados pela unidade em 2023.
De acordo com os dados, entre janeiro e dezembro do ano passado, o CEAM de Casimiro registrou 1.200 atendimentos a 227 mulheres que procuraram ajuda do município para quebrar o ciclo da violência.
Divulgado nesse início de ano, o relatório anual traz os principais tipos de violência denunciados, a proporção de ocorrências entre os distritos, e as idades das denunciantes, entre outras informações.
“É muito impactante um município pequeno como o nosso ter o número tão expressivo de procura no CEAM. E infelizmente sabemos que esses números não representam a realidade. Muitas mulheres, vítimas de violência, ainda não conseguiram quebrar o ciclo e denunciar, seja por vergonha, medo ou qualquer outro fator impeditivo”, alertou a coordenadora do CEAM, Fátima Nogueira.
Para a gestora da unidade, o número de casos registrados pela unidade é alto devido ao tamanho do município, e considera que os dados significam uma luz amarela para a equipe do CEAM e dos órgãos de segurança.
Segundo os dados, das 227 mulheres que buscaram ajuda na unidade em 2023, 29 tinham entre 18 e 25 anos de idade, 119 tinham entre 26 e 40 anos, 69 entre 41 e 60 anos, e 10 mulheres afirmaram ter entre 61 e 79 anos.
Já entre os tipos de violência mais denunciados no ano passado, estão a violência psicológica, com 117 casos denunciados, seguida da violência física, com 71 denúncias, da violência moral, com 70 denúncias, da violência patrimonial, com 56 denúncias, e da violência sexual, com 35 denúncias.
Com sede na região central da cidade, o CEAM tem local de atendimento em Barra de São João, e por isso, consegue agrupar as denúncias por região, a unidade somou 147 mulheres assistidas em Casimiro, Professor Souza e Rio Dourado, e 80 mulheres assistidas em Barra de São João e adjacências.
Para a secretária de Assistência Social, Thaís Rodrigues, o atendimento do CEAM reforça a importância do equipamento no auxílio às mulheres vítimas de violência em todas localidades do município.
“A mulher, como protagonista de sua própria história, precisa, muitas vezes, de apoio e acolhida para suas dores e rompimento de ciclos de violência, dos quais ela, sozinha, não consegue. O CEAM é um equipamento especializado, exclusivo para receber essas mulheres fragilizadas”, completou Thaís Rodrigues.