Caso de tráfico internacional de animais provoca ações da Prefeitura de Cabo Frio

A Prefeitura de Cabo Frio está instalando 12 câmeras de vigilância, além de um pórtico na entrada da área de preservação ambiental do Parque Nacional Municipal do Mico-Leão Dourado, medidas preventivas e de combate ao tráfico de animais silvestres.

Os trabalhos estão sendo realizados pela Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento, que solicitou patrulhamento ostensivo com apoio da 8ª Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm), visando combater crimes de caça e captura de animais.

“A ação é uma pronta resposta às ações criminosas contra a fauna silvestre nas áreas de proteção ambiental do município. Na última semana, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento obteve a confirmação de que 2 dos micos resgatados em um veleiro em Togo, na África, pertenciam ao Parque Natural Municipal do Mico-Leão-Dourado, em Tamoios. Embora ainda debilitados, os animais resgatados já estão sob constante monitoramento e reabilitação”, revelou o município.

O caso foi divulgado pela Agência Brasil no último dia 27 de fevereiro, que relatou que, 2 dias antes, 12 araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados foram resgatados de um veleiro em Lomé, capital do Togo, e trazidos de volta ao Brasil.

Segundo a reportagem a ação, que resultou no resgate dos animais e na prisão de 4 homens, foi realizada por uma força-tarefa que mobilizou autoridades togolesas, a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e o Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com a Prefeitura de Cabo Frio, a identificação dos 2 micos do parque foi possível por meio da tatuagem permanente na coxa com o código “PM14”, que indica que o indivíduo é do “Parque Municipal” e foi o 14º primata a ser registrado.

O município revelou que, depois do caso, o Parque Natural Municipal do Mico-Leão-Dourado está adotando medidas rigorosas de segurança para proteger os animais, como o monitoramento constante por equipe especializada, patrulhamento ostensivo, câmeras de segurança, e controle de acesso ao parque por meio do pórtico na entrada do local.

Secretária de Meio Ambiente e Saneamento de Cabo Frio, Rosalice Fernandes afirmou que está acompanhando de perto a implementação a repatriação dos micos, principalmente na identificação do local de origem de cada espécie.

“Como medida de proteger nossa biodiversidade, estamos realizando uma série de ações contra o tráfico de animais que estão ameaçados, como o mico. Não vamos admitir que espécies endêmicas brasileiras passem por condições horríveis como essa. A segurança dos micos-leões-dourados é uma prioridade, visto que eles vivem em nosso município”, garantiu Rosalice Fernandes.

A prefeitura lembra que o tráfico de animais silvestres é um crime grave que coloca em risco a sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção, como o mico-leão-dourado, e que a ação criminosa causa sofrimento aos animais, que são retirados de seu habitat natural e submetidos a condições precárias de transporte e manejo.

“A Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento de Cabo Frio reforça o compromisso com a proteção da fauna e da biodiversidade. Ações de combate ao tráfico de animais silvestres são realizadas em parceria com órgãos de fiscalização e outras instituições”, acrescentou a pasta.

Para colaborar com no combate ao tráfico de animais silvestres, a população pode fazer denúncias à Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento, pelo telefone (22) 3199-1313, ou pelo e-mail, semasa.adjtampoios@gmail.com, e também à Guarda Marítima e Ambiental, pelo telefone (22) 3199-9863.

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