Em tempos em que muitas nações estão vivendo momentos de tensão e instabilidade, a história de Ester, uma rainha judia que impediu o massacre de seu povo, ressurge como um farol de inspiração, trazendo lições de coragem, fé e a importância de reconhecer o propósito de Deus em nossas vidas.
Segundo o pastor Joel Engel, a trajetória de Ester é um poderoso lembrete de como enfrentar adversidades sem sucumbir ao medo.
“O povo judeu sempre foi cercado por inimigos. Ester foi usada por Deus para denunciar o maior inimigo que se levantou contra o povo de Deus”, afirma Engel, destacando o papel crucial da rainha na proteção dos judeus contra um decreto de morte.
Engel ressalta a mentalidade judaica de Ester, marcada por uma notável ausência de medo. “A mentalidade bárbara tenta dominar o mundo através do medo. Somos seres emocionais — não apenas racionais. A mentalidade judaica não dá espaço ao medo. Enfrenta tudo sabendo que há um propósito para se estar na Terra,” explica Engel.
Esta visão, segundo ele, é fundamental para superar obstáculos sem se deixar dominar pelo terror ou pela desesperança. “Tudo o que você coloca foco, através das lentes do medo, é aumentado. Use as lentes da fé e você verá que o inimigo não é tão grande assim. A mentalidade judaica não teme o terrorismo.”
A história de Ester, conforme interpretada por Engel, também enfatiza a responsabilidade individual em relação ao tempo, lugar e legado. “A maior vergonha seria me apresentar a Deus sem ter deixado o legado que Ele me chamou para deixar,” diz ele.
Fé que supera o medo
A fé, segundo Engel, desempenha um papel crucial nesta jornada. “Nada acontece sem a permissão de Deus. A pessoa que tem essa mentalidade, domina — no sentido de governo.”
O pastor diz que uma das características mais valiosas de Ester era seu entendimento de que ela estava cumprindo um propósito de Deus. “Ela atribui tudo o que acontece a Deus”, observa.
E aconselha: “Deus te colocou aqui com um propósito. Faça uma reunião com você mesmo e coloque de frente o seu ‘eu’ que se enxerga pequeno, com o seu ‘eu’ que se enxerga forte, e chegue a uma conclusão a respeito do que acha de si mesmo.”
Engel ainda destaca a graça de Deus na vida de Ester e orienta: “Graça é um favor imerecido. Então não decepcione aquele que te deu esse favor. Deus perdoou seus pecados, te deu uma nova vida e uma coroa.”
Ele vê a história de Ester não apenas como um relato do passado, mas como uma mensagem atemporal, especialmente relevante no mês hebraico de Adar (entre fevereiro e março). “Esse é o mês que Deus levanta as pessoas humildes e coloca na presença de reis,” enfatiza, vendo paralelos entre os desafios enfrentados por Ester e aqueles enfrentados pelos fiéis hoje.
Ao denunciar o inimigo de Israel, Ester não apenas salvou seu povo, mas também demonstrou a importância de agir de acordo com a justiça e a verdade. “Deus mudou a sorte de seu povo”, celebra Engel, referindo-se à vitória final dos judeus e à instituição da festa de Purim como uma comemoração de sua libertação e triunfo sobre a adversidade.
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