Representantes da Enel retornaram à Câmara de Macaé nessa quarta-feira, 20, para prestar esclarecimentos depois de mais queixas pelos maus serviços prestados pela empresa concessionária de energia elétrica na cidade.
Durante o Grande Expediente da sessão ordinária dessa quarta, a diretora de Relações Institucionais da Enel, Andreia Andrade, voltou a responder perguntas dos vereadores pouco menos de 1 ano depois de ter ido ao Legislativo, pelo menos motivo.
Assim como em maio de 2023, a representante da Enel foi questionada sobre os motivos de constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica na cidade, em especial na região serrana, onde as reclamações se acumulam desde o fim do ano passado.
De acordo com os parlamentares, a população serrana do município sobre com a falta de uma rede trifásica, com a baixa tensão da corrente elétrica e com a demora na retomada do fornecimento, além das constantes quedas de energia.
“Essas ocorrências trazem muitos prejuízos para quem vive na localidade”, reforçou o vereador Tico Jardim (SOLIDARIEDADE), que culpou esses problemas pela queda do gerador do Hospital Público Municipal da Serra (HPMS), em Trapiche.
Segundo o vereador, os transtornos causados pelos resíduos das podas de árvores, realizadas sem recolhimento e destinação pela concessionária, também são motivo de reclamação dos moradores que vivem nas localidades da região serrana.
“A Enel poda a árvore que está interferindo na rede elétrica, mas não recolhe os galhos retirados. Eles vão parar na via pública, nas cercas e até nos rios, podendo causar acidentes”, acrescentou Tico Jardim.
Respondendo aos parlamentares, Andreia Andrade assumiu a responsabilidade da empresa, mas afirmou que a concessionária busca parceria com o poder público para fazer o recolhimento desses resíduos, explicando que, para cada caminhão de poda, são necessários 3 caminhões de recolhimento de resíduos.
A diretora da Enel lembrou, porém, que o corte preventivo e complementar dessas árvores em áreas públicas é atribuição da prefeitura, e quando feito em terrenos particulares, a atribuição é do proprietário.
“Por questões de regulamentação, a Enel só livra a rede elétrica de danos iminentes”, explicou Andreia Andrade.
Perguntada pela vereadora Iza Vicente (REDE) sobre procedimentos administrativos para ressarcir os moradores que têm prejuízos com a interrupção do fornecimento de energia, a representantes da Enel afirmou que existem 2 caminhos.
“Fazemos isso em casos de queima de aparelhos por danos elétricos. Fora disso, o cliente deve entrar na Justiça, que irá decidir ou não por algum tipo de compensação financeira”, explicou Andreia Andrade.
Assim como tinha feito na sessão que aprovou o convite à Enel para prestar esclarecimentos sobre os maus prestados pela concessionária na cidade, o presidente da Câmara, vereador Cesinha (SOLIDARIEDADE), cobrou mais investimentos da empresa, em especial na região serrana.
“Nos finais de semana e feriado, as quedas são mais frequentes, o que atrapalha o desenvolvimento do turismo da região, já que não é oferecida condições mínimas para quem vem de outras cidades”, argumentou Cesinha.