A Câmara Municipal de Macaé aprovou, em sessão ordinária dessa terça-feira, 7, mais duas propostas de soluções ambientais para problemas urbanos do município, como o uso de asfalto ecológico e a biorremediação para despoluição do Canal Campos-Macaé.
As propostas, em forma de requerimentos e indicações, foram apresentadas, respectivamente, pelo presidente da Casa, vereador Cesinha (CIDADANIA), e em conjunto pelos vereadores, Iza Vicente (REDE) e Luciano Diniz (CIDADANIA).
No caso do requerimento de autoria de Cesinha, o vereador explicou que a solicitação responde à outro requerimento desse ano, que já cobrava uma posição da prefeitura sobre a utilização do asfalto ecológico nas vias e estradas do município, em especial, na região serrana.
“Seria um grande avanço para as localidades que carecem de acesso ou enfrentam problemas com o transporte em terra batida”, argumentou o presidente da Câmara, que recebeu apoio de outros parlamentares.
Segundo o vereador Tico Jardim (CIDADANIA), os custos de implantação e os impactos ao meio ambiente são menores com o asfalto ecológico, revelando que o município já estuda a utilização desse tipo de asfalto em vias da serra macaense.
“Já há estudo para o seu uso nas estradas de Serra da Cruz, Serro Frio e da Califórnia”, contou Tico Jardim.
Para o vereador Luiz Matos (CIDADANIA), a medida poderia beneficiar outras localidades da cidade, além da região serrana do município, como as estradas da Ingazeira, Córrego das Pedras e o assentamento Celso Daniel.
Os benefícios do asfalto ecológico também foram reforçados pelo vereador George Jardim (PSDB), que lembrou as vantagens para o desenvolvimento do turismo na região, além do escoamento da produção agrícola.
“Realmente funciona e ainda é mais rápido para instalar”, acredita George Jardim.
Já a indicação do uso de biorremediação para a despoluição do Canal Campos-Macaé, foi de autoria de Iza Vicente e Luciano Diniz, que compõem a Frente Parlamentar para a Despoluição da Lagoa de Imboassica.
Líder da bancada governista na Câmara, o vereador Luciano Diniz reconhece que o método não é adequado para a despoluição do ecossistema da Lagoa de Imboassica, mas explica que pode funcionar no Canal Campos-Macaé.
“Por isso indicamos que a prefeitura faça uma parceria com a UFF (Universidade Federal Fluminense) para fazer esse experimento em pequena escala”, argumentou Luciano Diniz.
Coautora da proposta, a vereadora Iza Vicente lembra que ainda há poucos estudos sobre o canal histórico e que essa parceria com a universidade poderia ajudar os pesquisadores a conhecer e recuperar o seu ecossistema.
“Sabemos que a biorremediação deu certo em Maricá e em outras localidades, reequilibrando o ambiente. Esperamos que possa fazer o mesmo aqui”, apontou Iza Vicente, recordando que o município está firmando um convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a despoluição da Lagoa, mas utilizando outra metodologia.
