Em nota publicada no último dia 9, o Banco Central do Brasil anunciou que as primeiras notas de real emitidas sairão de circulação, com a instrução para que os bancos comecem a recolher as cédulas antigas, que serão substituídas por novas.

Lançado em 1 de julho de 1994, no governo do ex-presidente Itamar Franco, o Real completou 30 anos no início desse mês, e, segundo o Banco Central, a medida não significa que as notas antigas perderão a validade, podendo continuar a ser utilizadas normalmente.

De acordo com a nota do Banco Central, todas as cédulas dessa 1ª série, incluindo a nota comemorativa de 10 reais em polímero alusiva aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, devem ser recolhidas pelos bancos.

“Considerando o tempo de vida útil destas cédulas, é de se supor que suas condições físicas não estejam adequadas à circulação”, justificou o Banco Central.

O Banco Central explica que, por serem muito antigas, essas notas, que representam atualmente apenas 3% do dinheiro em circulação no país, podem gerar “dificuldades logísticas para toda a cadeia de execução dos serviços” por estarem em más condições.

Entre essas dificuldades, estão o mal funcionamento de caixas eletrônicos, máquinas contadoras e outros equipamentos, além de dificultar o reconhecimento de seus elementos de segurança por parte da população.

Além disso, o Banco Central recomenda que os cidadãos procurem suas agências bancárias para trocar as notas antigas por cédulas mais recentes ou que realizem depósitos em suas contas correntes.

Consideradas pertencentes à chamada “2ª família do Real”, as novas notas começaram a circular em 2010, com os valores de 50 e 100, ganhando, em 2012, a companhia das notas de 10 e 20, e no ano seguinte, das de 2 e 5, além da nota de 200, última a ser lançada, em 2020.

De acordo com o Banco Central, a troca das notas faz parte de um processo de modernização, pois as cédulas mais recentes possuem tecnologias de segurança aprimoradas, que dificultam a falsificação e facilitam a verificação de autenticidade.