Indiciado pela Polícia Federal (PF) no início dessa semana pelos crimes de corrupção e peculato, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), pode se afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
É o que pede o relatório da PF entregue ao órgão judicial na última quarta-feira, 31 de julho, segundo informações divulgadas pela colunista Malu Gaspar, do Jornal O Globo e pelo portal Terra, com fontes do Estadão.
De acordo com reportagem do G1, o documento teria sido encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia contra o governador do Rio, se pede o arquivamento da denúncia, ou se solicita mais informações à PF.
Fruto de desdobramentos das Operações Catarata e Sétimo Mandato, as investigações da PF apontam que Cláudio Castro teria recebido propinas nos valores de 326 mil reais e 20 dólares entre 2017 e 2019, quando ele ocupava os cargos de vereador e vice-governador do Rio.
Em nota, também divulgada nessa quarta-feira, a defesa do governador do Rio revelou que também protocolou junto ao STJ um pedido de cancelamento do relatório da PF, alegando que a “conduta do delegado” responsável pelo caso “configura abuso de poder”.
A defesa de Cláudio Castro reclama ainda que ele nunca foi convocado a prestar esclarecimentos no inquérito, e que os advogados do governador não tiveram acesso ao relatório final da investigação da PF.
“A defesa pediu que se faça valer o direito de Castro apresentar sua versão nos autos, a substituição da autoridade policial que esteve à frente do inquérito e a apuração do vazamento de informações sobre o indiciamento. Além disso, foi solicitado o cancelamento do relatório da Polícia Federal que indiciou o chefe do Executivo fluminense, classificando a condução da investigação como arbitrária e ilegal”, afirma a nota da defesa.
Ainda segundo o G1, a decisão sobre o afastamento ou não de Claúdio Castro do cargo cabe ao STJ, e se o órgão decidir pelo afastamento, o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) assume o Governo do Estado interinamente.