Cristão é condenado a 10 anos de prisão no Irã por evangelizar

Mais um cristão foi sentenciado a 10 anos de prisão no Irã por evangelizar, segundo a Missão Portas Abertas.

Tomaj Aryan Kia foi condenado pelos “crimes” de “propaganda contra a república islâmica por meio de evangelismo”, “colaboração com governos hostis (Israel, Reino Unido e Estados Unidos)” e “filiação a grupos antirregime”.

Conforme o Mohabat News, Tomaj, que deixou o Islã e se converteu a Jesus, apelou da decisão, mas o seu pedido foi negado. Agora, ele apresentou outro recurso na Justiça e aguarda a resposta.

O cristão pode receber uma libertação temporária se pagar uma fiança no valor de cerca de 577 mil reais, uma quantia muito alta para casos envolvendo cristãos no Irã.

Em 2022, Tomaj teve a casa invadida por policiais, que apreenderam Bíblias e outros pertences, e o levaram preso.

Ele ficou detido durante 28 dias na solitária e mais 40 dias na ala comum na prisão de Karaj. Após o pagamento da fiança de aproximadamente 433 mil reais, Tomaj foi libertado.

Segundo a organização Article 18, que monitora a perseguição no mundo, Tomaj Aryan Kia é o sexto cristão a receber uma sentença de no mínimo 10 anos, no país islâmico.

Em fevereiro deste ano, o cristão armênio Hakop Gochumyan foi condenado a uma década de prisão, e em maio, Yasin Mousavi foi condenado a cumprir 15 anos de detenção.

Perseguição no Irã

O Irã é um país predominante muçulmano e o governo islâmico persegue os cristãos, que são considerados inimigos da nação. O regime proíbe igrejas, Bíblias e evangelismo. 

Líderes e cristãos descobertos podem enfrentar prisão e tortura, principalmente se deixaram o Islã para seguir a Cristo, já que renunciar ao islamismo é proibido pela Sharia (lei islâmica).

Apesar da forte perseguição, a igreja secreta continua crescendo no país, segundo um relatório do Article 18.

O país ocupa a 9ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.

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